20 de outubro | Dia Mundial do Combate ao Bullying
No dia 20 de outubro assinalou-se o Dia Mundial do Combate ao Bullying, momento que nos convida a refletir sobre como fazemos da nossa escola, comunidade e famílias espaços seguros, de respeito e inclusão.
O bullying — seja presencial ou via plataformas digitais — não é “brincadeira”. Tem efeitos reais, duradouros, e afeta o bem-estar das crianças e jovens. Por exemplo:
- Num estudo global verificou que, em adolescentes com idades entre 12 e 17 anos, aproximadamente 30,5% relataram ter sido vítimas de bullying (num ou mais dias no mês anterior).
- A nível internacional, a UNESCO estimou que cerca de um terço dos jovens em idade escolar sofreu bullying em algum momento.
- Na vertente do cyberbullying em Portugal: num estudo realizado em 23 escolas portuguesas, 7,6% dos alunos relataram ter sido vítimas de cyberbullying pelo menos uma vez nos 12 meses anteriores, e 3,9% admitiram ter sido autores dessa forma de bullying.
- Num estudo mais alargado em Portugal, estimou-se que a prevalência de bullying (online + offline) se situava entre 16,2% a 27,5% entre adolescentes.
- Impacto académico: escolas onde mais de 10% dos alunos são frequentemente vítimas de bullying registam, em média, 47 pontos a menos nos resultados de ciências (numa escala comparativa) do que escolas com menos de 5% de incidência.
Para assinalar este dia, a OPP divulgou uma factsheet destinada a pais, mães e cuidadores, sobre o tema do cyberbullying. Nela poderão encontrar: sinais de alerta, formas de prevenção e dicas de ação perante uma situação de bullying ou cyberbullying.
Consulte aqui a factsheet: https://bit.ly/476QIem
Além disso, sugerem-se estes sites para aprofundar:
- Eu Sinto.me (https://bit.ly/4owBc1f)
- Escola SaudávelMente (https://bit.ly/42Pky4J)
Porque esses dados importam para o nosso Agrupamento:
- Sabemos que não se trata de casos isolados: quando 1 em cada cerca de 3 jovens pode ser vítima, não é uma eventualidade — é um sinal de que todos precisamos estar atentos.
- O facto de haver cyberbullying mostra que o combate não é apenas «fora da escola» ou «no recreio» — também faz-se no mundo digital que os jovens habitam.
- Atuar cedo, em conjunto — escola, alunos, famílias, comunidade — faz a diferença: prevenir, intervir, apoiar.
- Estes dados reforçam que os sintomas podem manifestar-se em dificuldade de concentração, absentismo, isolamento, perturbações do sono ou autoestima — refletindo a importância de termos uma cultura de diálogo e suporte.
O que podemos fazer:
- Reconhecer sinais de alerta: por exemplo, mudança súbita de comportamento, recusa em ir à escola, uso excessivo/oculto de dispositivos, isolamento de pares ou relatos de exclusão/ameaça.
- Garantir que há canais de confiança para os alunos (professores, psicólogos, colegas-amigos) partilharem o que vivem.
- Fomentar o respeito ativo: cada um de nós pode promover inclusão, empatia, intervir quando presencia algo que não está bem, e apoiar quem sofre.
- Aproveitar a mensagem da OPP para conversar com famílias e cuidadores, sensibilizando sobre o cyberbullying e o uso digital responsável.
- Educar para o digital: quais são os comportamentos aceitáveis, como responder (não reagir de forma impulsiva), onde pedir ajuda.
Convidamos toda a comunidade do nosso Agrupamento a juntar-se a esta reflexão — e a fazer deste dia um momento de compromisso: “Todos contra o bullying, juntos pela dignidade e bem-estar”.
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