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26 Jul 2024

Partilha de formações | O início de uma prática no Departamento de Línguas

19 de julho, sexta-feira, 14 h.

Numa tarde cinzenta, típica do verão do Oeste, nada fazia adivinhar quão enriquecedoras se tornariam as três horas de partilha de experiências de formações consideradas importantes e transversais às várias disciplinas entre colegas do Departamento de Línguas, da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro. Uma bela maneira de terminar uma semana de trabalho, sobretudo numa sexta-feira à tarde!

A base desta partilha assentou no que algumas docentes do departamento absorveram sobre o melhor da Aprendizagem Cooperativa, ao longo de uma ação de formação, que decorreu entre janeiro e maio, promovida pelo Projeto Coopera, no âmbito do plano de formação do CFAE Centro-Oeste. Criado em 2016, sob a coordenação da professora Sónia Moreira (professora do ano em 2020), enquanto medida de ação estratégica de promoção do sucesso escolar e alinhado com a matriz de princípios, valores e áreas de competências consignadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO), este projeto da Direção-Geral da Educação (DGE) tem vindo a disseminar-se por várias regiões do país, abordando métodos e dinâmicas de aprendizagem ativa.

Esta sessão de partilha (“raios de luz inspiradores”, nas palavras das colegas participantes) serviu de aplicação de um dos princípios que norteiam a Aprendizagem Cooperativa: aprende-se mais ensinando os outros; aprende-se mais colaborando, envolvendo, cooperando. Com métodos e dinâmicas que implicam que o professor saia da sua zona de conforto, esta forma de levar os alunos a aprender exige motivação, entusiasmo e perseverança. A transmissão aos colegas foi feita com alguns dos mais de cem métodos validados internacionalmente desta metodologia. De forma imersiva, e com as dinâmicas do trabalho em grupo, experimentaram-se os métodos: “Think-pair-share” (pensar; pensar com o par; partilhar com o grupo); “Método dos Cantos”; “Método do Telefone”; “Mesa-redonda”, e apresentaram-se a “Folha giratória”, “Jigsaw” (puzzle), e “Cabeças numeradas juntas”.

Terminou-se a sessão de com um “Graffiti cooperativo”, outro dos métodos de aprendizagem, que permitiu recolher o feedback sobre o trabalho realizado pelos grupos. Entre muitas, são elucidativas as palavras deixadas: “Motivada, inspirada, satisfeita por ter participado, com a cabeça a girar, de canto em canto, por vezes ao telefone ou a surfar numa prancha. Que tal em mesa-redonda? Queres fazer um graffiti? Vai girando essa folha! Coopera, coopera, agora é a Vera!”

No fim, mais do que as palavras, que evidenciam que podemos ter contribuído para o início de algo diferente, ao nível da prática letiva docente, um gesto unificador: “O Abraço Cooperativo”.

Dinamizadoras: Aida Martins, Cândida Almeida, Margarida Cruz, Noémia Machado, Teresa Saramago