NÓS SOMOS MULHERES! 50 ANOS DE ABRIL
Aconteceu na nossa Biblioteca nos dias 18, 19 e 21 de março. Celebrando o papel da mulher nos 50 anos da nossa democracia, os alunos do 9.º B, na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, organizaram palestras subordinadas ao tema «Nós somos mulheres!» sobre o papel da mulher ao longo da História, lembrando as conquistas e reveses que o movimento feminino sofreu e sofre ainda.
Os alunos selecionaram os temas que gostariam de ver abordados e começaram a fazer pesquisas sobre possíveis entidades ou indivíduos a convidar, nunca esquecendo de enunciar os objetivos que pretendiam alcançar com as atividades. Escolhidas as associações e pessoas singulares a convidar, logo se desdobraram entre a redação de e-mails e a preparação de cartazes.
Muito nervos à mistura, muitas inseguranças – será que nos respondem? será que conseguimos? E eis que as respostas começaram a chegar.
Agora era preparar o programa em função da disponibilidade dos convidados e começar a preparar as apresentações, a partir das notas biográficas que foram chegando ou “colhendo” da net… Preparar as apresentações passou também por perceber quem tinha mais à vontade para falar em público, quem tomaria a iniciativa de colocar as questões e que questões seriam pertinentes colocar, como se ia organizar o espaço para receber os convidados e, muito importante, como divulgar a atividade!
Estabelecido o programa, criado o cartaz, escolhido o tema «Nós somos mulheres!» os alunos estavam prontos para receber as convidadas. Quatro palestras pensadas para os oitavos e nonos anos, apresentadas por quatro convidadas – Luciana Garcia, diretora técnica da Associação de Futebol de Leiria, Maria José Ramalho, administradora da NICUL, Mariana Bernardes, Antropóloga, e Filipa Coelho, ativista da Associação Mulheres século XXI .
Lembrando as conquistas de Abril, o tabu não foi palavra de ordem. Nestas palestras todos tiveram direito à palavra, falou-se abertamente do assédio a jogadoras, da discriminação salarial e no acesso a carreiras, da violência doméstica e no namoro e a sua prevalência sobre o sexo feminino, desconstruíram-se conceitos femismo vs feminismo, igualdade de género vs equidade de género…
Tanto se partilhou e certamente foram lançadas sementes que permitirão alargar horizontes.
Ângela Jorge
Professora de História e Cidadania e Desenvolvimento